domingo, 2 de outubro de 2011

A beleza de se saber mulher


Hoje me sei mulher,
Hoje sinto minhasnossas dores
Levadas por um rio de lágrimas acres e rubras
Esvaindo-se da mesma forma que vieram
Fluidas, lancinantes e vorazes
Atacadas e arrastadas pela força de nossos corpos
Sonhos, desejos, estigmas e tabus
Que fluem e fecundam o horizonte devastado de nossos sonhos.
Arrancando tudo que é indiferente, vazio e fraco
Arrancando pela raiz as ervas daninhas plantadas por alma falaz.
Arrancando o fruto, fraco e magro de semente ruim
Por tanto tempo nutrido por nossa paixão,
Por essa força que nos move 
E motiva
E maltrata 
E machuca
E mostra
E impõe 
E diz a que veio
E quem pode ficar.

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